{ Angels We Have Heard On High

Todos esses gongos e címbalos tocam dentro da minha cabeça. Corpos rendidos às chamas assinadas à pele, não posso falar em línguas e mesmo que pudesse, isso não é nada. Porque eu não posso amar. ´
Pastores, porque esta alegria irradiante?
Por que essas canções de elogio feliz?
Que grande brilho que você viu?
Que corrente prazerosa você ouviu?
Sixpence none the richer

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Dear Aunt
Vendo-te a alma mais suja, por piedade desta fração de segundos que me acalmam, quando rumores de sua volta se espalham, pois este adiantamento se vai com a minha morte, antes da sua chegada. Partida manchada, jamais reconquistada, desde que a sua sanidade lhe diga: "Os tempos são outros... " Vejam só, pois como num circo, o palhaço é obrigado a despir-se da maquiagem e chorar, afinal. As crianças são disciplinadas a não sorrir, pois nem toda fada é capaz de lhe ceder uma moeda, que seja.


ㅤㅤㅤDigo-lhes, caros confrades a meados de um março conturbado: “Fujam dela!”. Nem toda primavera cumpre a promessa. A flor que abriu é manchada da maldição. Esses pares de olhos inocentes são como garras – mas suas mãos não são cadavéricas. Digo-lhes, que desde a infância a eximia mentirosa tomou o trono, embrulhada no sacrossanto; senhoras clemências. “Oh, Senhor da gloria. Ouça o meu clamor!”. Corram! Percebam que esta senhora não é. Nunca foi. E será, se o nosso Pai quiser. Mas percebam como ela nos fere. “Minhas sinceras condolências”. O véu que cobre sua cabeça é a refeição. Os punhos abotoados são dignos da tua serva, que maquina. Maquiavélica, esconde a foice que cerra nos dentes, a carne mal passada não lhe nega a raça podre e fétida. O desleixo com a criança ao teu regaço. O seio que amamenta é provisório, pois a fome prevalecera naquele lar. Eu bem sei que os passos na madrugada são os dela, matando as moscas que dançam em sua sala. Mas ela corre, de um lado para o outro, dançando entre elas. A carne que aqui pulsa, ela agoura. E por um descuido e dois, é pega de surpresa. Enquanto observa, enquanto maquina, enquanto mata, enquanto, afinal, enquanto! Não é o bastante? “Que susto!” Julgue a inocência. “São as moscas.” Piranha! Filha da puta! Inflamar-te-ei desde as rugas do teu sorriso até a podridão das tuas pernas desalinhadas e mancas! Pois a tua mascara se foi junto ao meu pudor. Pois meu púmice-coração retardou o fracasso que fora causado pelas suas glorias devotadas. Oh, Senhor da gloria. Ouça o meu clamor!
ㅤㅤㅤPeço-te que me cure. Essa frieza que constrói no algoz da minha alma é na verdade, a sábia língua dos anjos, quando anunciam a salvação. De todas as pronúncias já feitas, essas manifestações não calam somente o meu ser, mas o espírito em virtude traz luz a essa escuridão toda. Eu sou A tia e, estou tecendo a minha camisa-de-força-como-bem-entendo.




Bebezinho tentando dormir,
cem segredos que eu não poderia manter,
esperando do mundo inteiro para a sua dança com satanás,
A nossa aldeia é meio entorpecido,
estamos tão feliz que você poderia vir,
e se nós poderíamos procurar rezar em uma igreja.
Mas todas as igrejas incendiadas.
A Ku Klux Klan queimou para baixo!
E me perguntam por que eu não vou estar lá quando você diz adeus,
se você mentir,
Eu não vou estar lá até você dizer adeus,
e é por isso que eu estou falando com você.
Querida tia Arctica
O que eu vou fazer?
(Dear Aunt Arctica-Radish)

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Whatever words I say
I will always love you




Nothing compares, no worries or cares
Regrets and mistakes they're memories made
Who would have known how bitter-sweet this would taste

Dreamer: "Para que servem os amores?
Eles servem para matar.
Para matar o quê?
Matar a fome.
Fome de quê?
Fome de amar!”
Quer matar a minha fome?
Headache: Antes de tudo, precisa de um coração para ser alimentado.
Tu tem um?
Dreamer : Não sei, preciso procurar na estante.
Headache: Caso tenha um, me avise.
Dreamer: Tenho, mas ele está cheio de pó.
Headache: Não é tão grave quanto pensei.
Dreamer: Vamos dar uns choques nele e ver como funciona. Ou então, teremos de comprar outro.
Dreamer: Sabe, quase todas as pessoas valem a pena. Só precisamos achar as combinações destes cofres.
Foda-se.
Headache: Estou semelhante a um zumbi.
Dreamer: A uma princesa zumbi.
Os momentos são únicos. .-.
Nunca mais será legal como é agora.
Headache: Será sim.
Dreamer: Não exatamente.
Headache: Só não ligar o seu campo magnético contra mim.
Dreamer: E seu eu te amasse?
Headache: Isso seria possível?
Dreamer: Não me responda com outra pergunta.
E se eu te amasse? E se eu gostasse realmente da Débora?
Isso seria realmente horrível.
Nop?
Headache: Sim, seria.
Dreamer: Felizmente, eu não tenho essa capacidade.
Headache: E se eu te amasse?
Dreamer: Você estaria mentindo.
Headache: Estaria chateada por não ter a capacidade de me amar.
Dreamer: Mas você não me ama.
(11:41)Right?
(11:43)Right?
(12:11) Headache: Right.


ㅤㅤㅤ Eis que de tantas alucinações, ela temia que essa fosse apenas, aquela na qual, cuspiria sua dor em meio ao desespero. Um perdedor, por assim dizer, que carrega sua cruz depois de muito sonhar. Ela esperançosamente discutia com o espelho. Os olhos carregados naquele túnel negro esperançoso. Choroso, como doía. Faziam planos juntos, compravam cavalos e dragões... Oh, que belas feições ele transmitia. O sorriso no qual ela desfalecia fora o alicerce do seu casamento. Os olhos chispavam, a movimentação era súbita. Mas havia receio. Interferência, quando chiava, quando apagava e quando dizia partir. “Eu queria voltar, mas os tempos são outros...” Ele menospreza tanta beleza.
ㅤㅤㅤ  
ㅤㅤㅤ  ㅤㅤㅤEis que havia arrematado sua obra de arte. “Não me compare com os outros! Que grosseira! Cada obra de arte, por ser uma obra de arte, é única e com características que não se equiparam.”  Os traços nazistas, o alinhamento gentil, a estrutura rude e as expressões enfadonhas. Mas apaixonante como era, sempre tão marcante nas cores, um azul de céu triste. O cinza que dissipa. Mas vive. De algum modo, continua vivo. Até que eu exista.

Dreamer: As princesas precisam ser más.
Headache: Os carteiros devem ter medo dos cães.
Dreamer: Os Reis devem chorar pela traição.
Headache: Todo conde deve ser maligno.
Dreamer: As fadas têm suas casas construídas com dentes humanos.
Headache: Oh humanos tem suas casas construídas com moedas de fadas.
Dreamer: E nós?
Headache: Nunca guardei um dente. Nunca ganhei uma moeda.

ㅤㅤㅤ Eis que da motivação soa apenas um nome. Medo de que se vá. Pessoas perfeitas não podem viver. O mundo com seu doce ar corrompem-as. E, no entanto, existe algo quebrado. Separado, dilacerado. Digo, que se for, aguarde pela minha chegada. Confie. Confie em mim. Confie na minha capacidade.

Dreamer: Quer que eu te defina?
Headache: Por favor.
Dreamer: Mesmo?
Headache: Yep.
Dreamer: Você é uma excepcional companheira, e uma exímia mentirosa. Ávida.
Headache: E tenho dores de cabeça.

Como posso voltar se nunca estive aqui?