{ Angels We Have Heard On High

Todos esses gongos e címbalos tocam dentro da minha cabeça. Corpos rendidos às chamas assinadas à pele, não posso falar em línguas e mesmo que pudesse, isso não é nada. Porque eu não posso amar. ´
Pastores, porque esta alegria irradiante?
Por que essas canções de elogio feliz?
Que grande brilho que você viu?
Que corrente prazerosa você ouviu?
Sixpence none the richer

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Para o Sr. José da aliança dourada. 
Meu querido Palhaço Egoísta.

Águas passadas, rasas, claras. Dizem-nos quando voltar. Águas passadas, tornam o nosso plural de um, dois. Tornam a saudades a equação impossível. Desarmar uma armadilha, é reconhecer a esperança de sobrevivência. Confessar que sinto sua falta é o mínimo que eu posso fazer.



domingo, 11 de setembro de 2011

Pela madrugada eu escrevo...
Em minha própria memória.
Depois de tingida e rasgada, faço-te as honras, Lecter!


Trago-te noticias, já que essa malha fina não me serve. E ela, que antes, era o mimo em vida! Veja, quantos sorrisos ela já não furtou? Confrade, trago-te noticias. Existe algo muito doloroso. Algo inexplicável. Algo que não existe. Digo-lhe certa, de que não existe. Mas essa malha fina acabou por diminuir. Acabou por desaparecer. Ela não me serve. Eu cuspo o bagaço da minha dor, nessa maldita malha fina! Maldita malha fina! Maldita malha fina! Trago-te noticias. Eu a teci. Eu a amei. Trago-te noticias de que sou construída por julgamentos. E é essa malha fina. Ela tem um azul que desesperançou o dia. Ele se foi. E agora, essa maldita malha fina, pertence a uma tonalidade de cinza. Eu estive tecendo por muito tempo, mas... agora, eu quero tingi-la. Essa maldita malha fina, disse que não existo. Essa maldita malha fina, se foi. Trago-te noticias por te amar tanto, mesmo sufocada por essa maldita malha fina. Tantos anos. Tantos anos. Em minha memória, faça-te de contas, que um castelo foi desmoronado. E bem, eu já não visto essa malha fina rosa chá – mesmo depois de tingi-la. Mas esse castelo, depois de dias, ele foi reconstruído. Acredita? Acredita em mim? Acredita que após esse alicerce, eu estou tecendo a minha armadura e substituindo-a por uma mortalha? Em minha memória, peço-te que me ame sem fim. Peço que não se vá. Mas eu me vou. Eu me vou, porque algo me mata. Algo me destrói e é culpa dessa maldita armadura!






sexta-feira, 2 de setembro de 2011





Confesso. Confesso.
Confesso que meu sorriso é plagiado quando digo que confesso.

Não confesso que confesso.

Confesso. Confesso que posso saltitar. Cores. Cores de Vênus e seus amores-perfeitos imperfeitos. Confesso. Confesso que após as três horas, plagiando sorrisos obedeço que diamantes tenham vida. Diamantes. Cores. Confesso. Confesso que lapidar não seja algo tão infeliz quanto dizem. Dizem que sim. Dizem que não. Dizem que borboletas morrem. Vinte e quatro horas. Vinte. Minutos. Segundos. Depois disso, eu estarei morta. Mas conte-me, caro sorriso roubado. És um tormento quando não o tenho nos lábios. Confesso. Confesso que as cores se tornaram cinza. Essa maldita tonalidade de cinza. Mas existo agora, eu posso ver. Um borrado azul no céu. Um novo cinza perolado. Um azul acinzentado. Um castelo amargurado. Mas só temos vinte e quatro horas. Depois disso, eu estarei morta. Junte-se ao que chamamos de azul cristalizado. Cores confessam. Confesso que as cores confessam. Confesso. Cores. Elas dizem que sim, elas dizem que não. Parte-me no meio, luz e trevas. Azul e cinza. Cores. Diamantes. Confesso que o teu si bemol anda vagando, afinal. Confesso. Confesso que nos teus olhos o azul ainda existe. Cores. Diamantes duram para sempre. Diamantes são quebradiços. Eu os aconselho chamá-lo de amor. Corações solitários. Confesso que. Confesso. Borboletas feitas de diamantes. Suas finas asas cortadas. Palhaço egoísta lhe fizesse refém dos sorrisos plagiados que andasse roubando? Cem anos de perdão terá, quando sua alma sugada o fará. Cores confessam. Cores que se tornam cores, dizem que sim. Dizem que não, somente quando...dizem que sim. Dentro de vinte e quatro horas, tic tac. Relógios velhos, aconchegado no casaco de vendedores, perambulando. Um coração partido. Relógios-borboletas, pendurados. Não os venderei. Confesso que. Confesso que não confessarei que um dia, morrei. Confesso que a imortalidade seja tão árdua quando a morte um privilegio. Confesso que me vou. Confesso que não existe vazio. Confesso que me sou suficiente. Confesso que morrerei em menos de vinte e quatro horas. Confesso. Metáforas enganam. Olha o deslize! Não se deixem levar por sorrisos. Todos plagiados, shh. Confesso que confessaria até, quando partiria. Confesso confessar que na minha viagem, os levaria. Confesso. Diamantes são caros. Diamantes poucos tem. Diamantes não partem. Humanos-poetas, fazem-me chorar, quando ladrões lapidam seu diamante. Sua pureza divina, onde se encontra? Confesso que falta menos de vinte e quatro segundos. Confesso que confessei, que hoje partirei. Confesso que... Confesso que no meu tempo, será vinte e quatro minutos. Confesso que me sou suficiente. Dois minutos e quatro segundos para um castelo azul, arrebatar sua princesa. Confesso. Confesso. Confesso.
Confesso
Confesso
Confesso que não existo
Confesso