{ Angels We Have Heard On High

Todos esses gongos e címbalos tocam dentro da minha cabeça. Corpos rendidos às chamas assinadas à pele, não posso falar em línguas e mesmo que pudesse, isso não é nada. Porque eu não posso amar. ´
Pastores, porque esta alegria irradiante?
Por que essas canções de elogio feliz?
Que grande brilho que você viu?
Que corrente prazerosa você ouviu?
Sixpence none the richer

domingo, 11 de setembro de 2011

Pela madrugada eu escrevo...
Em minha própria memória.
Depois de tingida e rasgada, faço-te as honras, Lecter!


Trago-te noticias, já que essa malha fina não me serve. E ela, que antes, era o mimo em vida! Veja, quantos sorrisos ela já não furtou? Confrade, trago-te noticias. Existe algo muito doloroso. Algo inexplicável. Algo que não existe. Digo-lhe certa, de que não existe. Mas essa malha fina acabou por diminuir. Acabou por desaparecer. Ela não me serve. Eu cuspo o bagaço da minha dor, nessa maldita malha fina! Maldita malha fina! Maldita malha fina! Trago-te noticias. Eu a teci. Eu a amei. Trago-te noticias de que sou construída por julgamentos. E é essa malha fina. Ela tem um azul que desesperançou o dia. Ele se foi. E agora, essa maldita malha fina, pertence a uma tonalidade de cinza. Eu estive tecendo por muito tempo, mas... agora, eu quero tingi-la. Essa maldita malha fina, disse que não existo. Essa maldita malha fina, se foi. Trago-te noticias por te amar tanto, mesmo sufocada por essa maldita malha fina. Tantos anos. Tantos anos. Em minha memória, faça-te de contas, que um castelo foi desmoronado. E bem, eu já não visto essa malha fina rosa chá – mesmo depois de tingi-la. Mas esse castelo, depois de dias, ele foi reconstruído. Acredita? Acredita em mim? Acredita que após esse alicerce, eu estou tecendo a minha armadura e substituindo-a por uma mortalha? Em minha memória, peço-te que me ame sem fim. Peço que não se vá. Mas eu me vou. Eu me vou, porque algo me mata. Algo me destrói e é culpa dessa maldita armadura!






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